Há um tipo de artista -os polêmicos, os instigantes, os desafiadores- que atrai, como um ímã, as mais diversas espécies de pessoas, pro bem e pro mal. E justamente por serem polêmicos, instigantes, desafiadores. É natural: os chatos e os medíocres (i.e., medianos) não costumam ter muita audiência, quando muito tão chata quanto eles. O polêmico tem ibope mais alto, o que não quer dizer necessariamente que tenha mais qualidade. Muitas vezes a (falsa) polêmica é exatamente a arma do medíocre para aparecer, para ganhar a mídia e o mercado. Quem é bom -na área que for- não precisa disso. Aparece naturalmente, a polêmica que desperta, as reações -contra e a favor- vêm naturalmente. Pendurar melancia no pescoço é para os fracos.
Quando desperta a atenção (com qualidade, portanto), o indivíduo traz junto...a inveja. Vem no pacote. O medíocre, o que precisa da melancia no pescoço, vai justamente invejar quem não necessita de nada disso: e dá-lhe perseguição, críticas destrutivas, ou, como se fala aqui na web, trollagem. Isto é, a saudável prática de aporrinhar sistematicamente alguém.