Na última postagem falei em Bob Marley. Foi tão en passant que queria voltar ao assunto, e com certeza tio Bob merece uma postagem própria (e na verdade me surpreendo ao ver, quatro anos de blog depois, que ainda não tenha escrito mais a fundo sobre Marley; a única referência, olhando pra trás, é a ilustração do post Sobre ópios e fermentos, "O olho de Jah", que achei em algum lugar pelo google).
Nunca fui propriamente "regueiro". Até pode-se dizer que conheço pouco: algum Black Uhuru, Yellowman, Israel Vibration, Jimmy Cliff (óbvio), e fico por aí. Era, isso sim, bobmarleyzeiro: tinha camisa, pôster no quarto e fita tricolor etíope (aquela verde-amarela-vermelha) no pulso. A idade ajudava: ainda tava no segundo grau, ainda não tinha adentrado os portões austeros e conservadores do estudo do Direito. Comecei a ouvir Bob Marley através -hoje dá até vergonha- do Cidade Negra, vergonha porque há muito esse grupo (ainda existe? o Toni Garrido tá fazendo novela) virou pop, longe da verve original da época do Ras Bernardo.
O que exatamente me cativou em Bob Marley?