15 de jan. de 2012

Um ano depois, um lembrete...

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Um ano depois do encerramento do blog, apenas para lembrar que a dialética continua no

13 de jan. de 2011

Epílogo

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ELOGIO DA DIALÉTICA

15/ 06/ 2006 - 13/ 01/ 2011



Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro.

(Sergei Iessiênin, trad. Augusto de Campos)

4 de jan. de 2011

Duas histórias de bar

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Havia muitos anos eu não o encontrava. Trabalhava na banca de jornais aos pés do edifício onde morei em Copacabana, e sempre o via subindo de bicicleta a ladeira onde ficava o prédio. Após tantos anos, lá estava ele- grata surpresa. Fiz questão de ir cumprimentá-lo: lembrava de mim, na verdade não era muito mais velho que eu. Palavras amistosas, alguns comentários sobre aquela época. Daí falamos (não sei porquê) em objetivos, perguntei qual era o dele. Respondeu-me com simplicidade, quase dando de ombros: "ficar vivo". Aquilo me tocou e, como mais não podia, deixei uma cerveja paga para ele.

Daquele bar, aliás, me lembro a monotonia. Desfavoravelmente situado, quase à entrada do túnel da Barata Ribeiro, tinha poucos frequentadores: passávamos o tempo olhando a rua vazia, enquanto as garrafas eram esvaziadas. "O resto é silêncio", diria Hamlet de Shakespeare, salvo dias de jogo, quando enchia, como aquele em que o Fluminense derrotou o São Caetano (não me lembro qual campeonato, mas acho que teve gol de Magno Alves) e tomei um porre de fogo paulista.

*

Outro bar, outras pessoas. Este outro sujeito nos foi apresentado por um conhecido em comum: também torcedor do Fluminense, morava em Nova Iguaçu. Excelente conversador e de boas maneiras, mas tinha um passado sombrio, que eu descobri depois. Logo no primeiro encontro, após horas de conversa e bebida em um show na orla de Botafogo, me disse que eu, doravante, seria um de seus melhores amigos. Terno como todo bêbado, agradeci e disse que era recíproco.