Se alguém me perguntar como conhecer o marxismo, no tipo básico do básico, eu sugeriria o Manifesto Comunista, antes de tudo. Depois, uns livrinhos bem palatáveis, como, por exemplo, dois de Leandro Konder que me vêm à cabeça: "O que é dialética" e "Marx- vida e obra", cuja capa é a imagem deste post. Nada complicado, nada que entedie. Mais que ao acadêmico, é preciso falar com o militante, com o interessado nesse engajamento.
Insisto, é preciso começar pelo início, por Marx. Não cometam o equívoco de se doutrinarem com os pós-modernos, os reformistas, os revisionistas das mil e uma teses de adaptação. Isso de início destruiria o militante. Primeiro ir à fonte e, conforme se avance, conforme se tenha interesse, aí sim enveredar pelas heterodoxias. Vai que o sujeito é mesmo um heterodoxo e se sinta melhor assim- o que é um direito inalienável.
Insisto, é preciso começar pelo início, por Marx. Não cometam o equívoco de se doutrinarem com os pós-modernos, os reformistas, os revisionistas das mil e uma teses de adaptação. Isso de início destruiria o militante. Primeiro ir à fonte e, conforme se avance, conforme se tenha interesse, aí sim enveredar pelas heterodoxias. Vai que o sujeito é mesmo um heterodoxo e se sinta melhor assim- o que é um direito inalienável.
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Abaixo, "Os comunistas", de Pablo Neruda. Como é grande, só um trecho, tem mais aqui.
"Passaram-se alguns anos desde que ingressei no Partido
Estou contente
Os comunistas formam uma boa família
Têm a pele curtida e o coração moderado
Por toda parte recebem golpes
Golpes exclusivos para eles
Vivam os espíritas, os monarquistas, os anormais, os criminosos de todas as espécies
Viva a filosofia com muita fumaça e pouco fogo
Viva o cão que ladra mais não morde, vivam os astrólogos libidinosos, viva a pornografia, viva o cinismo, viva o camarão, viva todo mundo, menos os comunistas
Vivam os cintos de castidade, vivam os conservadores que não lavam o pé há quinhentos anos
Vivam os piolhos das populações de miseráveis, viva a fossa comum e gratuita, viva o anarcocapitalismo, viva Rilke, viva André Gide com seu corydonzinho, viva qualquer misticismo
Está tudo bem
Todos são heróicos
Todos os jornais devem sair
Todos devem ser publicados, menos os comunistas
(...)"
Passeando pelo seu blog percebi que vou gostar muito de visitá-lo, em seus marcadores vi a presença de grandes mestres, voltarei para conhecer melhor seu espaço... Quanto a Neruda, não me aprofundei na questão bibliográfica deste poeta, mas toda essa questão política me fez recordar do filme: “O carteiro e o poeta”, retrata um pouco da vida política de Pablo Neruda, mas não sei até que ponto reproduziu sua convicção real, talvez o foco não fosse exatamente o que está em questão... Abraços. Marli.
ResponderExcluir*biográfica
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