
Enquanto o camelô vende alegria, o guarda cassa a alegria. Diz que faz isso por não ser "legal". O guarda é fascista: não quer alegria acessível, nas calçadas da cidade, barata. Três por dez. Não é senão o povo o beneficiado com isso. Não é senão o povo o consumidor dessa alegria. Mas o guarda não quer isso. E bota o camelô pra correr.
Não é culpa do guarda, na verdade. E sim do sistema por trás dele. O sistema, próprio dos nosso dias, que faz da arte (vale dizer, da alegria) um produto de mercado, caro, tributado, pesado. Um produto que faz lucro! Quem tem lucro com a alegria não a quer nas ruas da cidade.
Esse é o sistema de nossos dias. É preciso um sistema novo, onde a arte -livre, límpida, acessível, fácil- seja disponibilizada para todos. Sem lucros. Sem perseguições. Enquanto isso não se dá, foge a alegria, nas mãos do camelô com seu olhar assustado -olhar de quem está na iminência de perder o sustento da família- perseguido pelas botas fascistas da Guarda Municipal.
Não é bem o guarda que não quer o camêlo nas ruas, acho que deveriamos saber disso.
ResponderExcluirAcho que o guarda nem sabe que esta se tornando um fascista, e isso me leva a pensar que a vida dele também é bem miserável.
No mais, muitas das "alegrias" que o camelô vende, vem do trabalho escravo de milhões de crianças. Cuidado com as alegrias, isso jamais é arte livre, jamais.
Vale dizer também que muitos donos de máfias de cd pirata, são os mesmos das grandes gravadoras. De novo, onde isso é livre?
ps; caçar é com ç
um abraço!
Bebel, querida, usei "cassar" mesmo.
ResponderExcluirNo Silveira Bueno: "Cassar. v.t. Anular (licença concedida), tornar sem efeito".
Beijo =)
hahahahahah
ResponderExcluirbjos
O camelô é vítima da falta de emprego, é a situação do nosso país... Hoje, na minha cidade tem um camelódromo, um espaço reservado para o comércio ambulante, é tudo bem organizadinho, tem número de lojas e tudo mais... deve haver algum tipo de licença para trabalharem, não sei como funciona, mas ninguém mexe com eles ali, é direito conquistado... eu aprovo! Abraços. Marli.
ResponderExcluirSe o sistema não dá espaço, o indivíduo precisa se virar pra sobreviver. Mas, ao contrário, vemos é uma política de criminalização dos trabalhadores.
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