11 de set. de 2008

Índios e revoluções

Alguns meses atrás, em entrevista à Carta Capital, Evo Morales, ao falar de seus adversários políticos, dizia que "eles não toleram que um índio faça a revolução social". Eles, isto é, a direita boliviana americanizada. Hoje, quando já morreram oito pessoas em confrontos e o embaixador ianque foi devidamente expulso, quando a Bolívia está prestes a entrar em guerra civil, nós vemos até onde eles chegaram para impedir a revolução social.

Os ingênuos, ou cínicos, não percebem (ou fingem não perceber, no caso desses últimos) que há no mundo, em geral, e no continente, em especial, algo como uma força maléfica, sobrenatural, que irá se erguer a qualquer sinal de mudança. A força maléfica não admite progresso; não admite emancipação; não admite que se erga sobre os pés e que se caminhe livremente. Fará tudo, ao contrário, para manter o status quo, a dominação, o preconceito, a alienação.

Ai de quem se erguer. Ai de quem mostra alternativas, ai de quem tentar fazer a revolução social. A Rússia bolchevique invadida por mais de 15 países. Lumumba massacrado (literalmente) pelo imperialismo belga. Cuba há 40 anos sob cerco. Allende bombardeado no Chile. Agora, vem a 4ª Frota- o alvo é Chávez, evidentemente, e Evo já está balançando. Como será amanhã? Mas nos ergueremos, apesar de tudo. Eles, não podem conosco. Eles pertencem ao passado- e ficarão fatalmente para trás.

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