
Vincent é Vincent Van Gogh. Sobre quem Henry Miller escreveu, no Plexus: "O que me encantava era o desejo ardente de Vincent de viver a vida de um artista, nada mais ser do que um artista, acontecesse o que acontecesse. Com homens dessa têmpera, a arte se torna religião". Miller continua, lembrando as críticas que o pintor sofrera de seus contemporâneos, "Pobre Van Gogh! Rico Van Gogh! Todo-poderoso Van Gogh!", o artista que, enfim, os venceu a todos. Mas só depois: em vida vendeu um único quadro.
Van Gogh deu cabo de sua própria vida (como amantes costumam fazer, diz a letra). Deixou seu médico, Paul Gachet, devidamente retratado -tenho uma cópia do quadro no escritório- não obstante não ter obtido deste remédio para seus transtornos íntimos. Mas era Vincent ou o mundo o real louco? Henry Miller interpreta seu desespero final como impaciência divina. Pode ser.
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A imagem é "Noite estrelada" (1889).
Sobre a música de Don Mclean, letra inclusive, clicar aqui.
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