
A religião aprisiona o espírito em um conjunto cerrado de conceitos, de dogmas, de fundamentos (fundamentalismo?). Religião é a ortodoxia, é a visão única, é o maniqueísmo ("ou está conosco ou não está"), o reducionismo- enfim, tudo o que a religiosidade não é.
Não é um fenômeno atinente a uma crença específica. Os muçulmanos, coitados, tão associados ao fundamentalismo, no passado foram um exemplo de tolerância; mas é claro que o mundo muçulmano é repleto de integrismo. Assim como entre os cristãos (não é preciso retroceder à inquisição católica do passado, basta que lembremos, bem recentemente mesmo, o caso do centro umbandista depredado por membros de uma igreja evangélica no Catete, Rio de Janeiro) e entre budistas, e hindus, etc. etc. ad nauseam. É sintomático, para utilizarmos como exemplo um fenômeno atual, o Orkut, que umas das maiores demonstrações de intolerância eu tenha presenciado em comunidades de teor religioso. Baixarias, guerra de egos, donos da verdade, irreverência pouco sadia, todo um cabedal de comportamentos nada, hum, religiosos.