1. Diz Trotsky, na introdução da "História da Revolução Russa": "O materialismo não ignora o homem que sente, que pensa e que age; ele explica-o". Sempre bom lembrar um ponto tão deturpado por muitos "marxistas", que reduzem o homem a um autômato, um joguete ao sabor das forças materiais. Nada mais equivocado. Afinal, o homem é o agente da História; usa sua força criadora para modificar o mundo. Não age livremente, claro, mas condicionado pelas condições e circunstâncias materiais vigentes (Marx no 18 Brumário: "Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado"), sem deixar de ser, como dito, o agente da História. O materialismo "vulgar", que rebaixa o ser humano, não é o materialismo marxista.
2. Tanto o esquerdismo quanto o reformismo são excessos, um à esquerda, outro à direita. O caminho marxista é, à moda dos budistas, o "do meio", evitando um e outro extremo. De ambos os extremos, contudo, o mais pernicioso é o reformismo (espécie do gênero revisionismo). Quando se parte de uma posição infantil (esquerdista), pode-se chegar à maturidade; mas se já se parte de uma posição senil (reformista), só se pode chegar ao túmulo, mesmo.
3. O revisionismo não é só o reformismo (via pacífica), como dito acima, pois abrange outras mentalidades. Por exemplo, a que relativiza a luta de classes como motor econômico da História e/ou que, sob a desculpa de "modernização", cria inúmeras teses sobre a necessidade de "adaptação" do marxismo. Isso é revisionismo. O marxismo não precisa ser adaptado, pois a adaptação ao contexto faz parte de sua essência, é inerente a ele.
4. O revisionismo é o esquerdismo de direita, ou a doença senil do comunismo.
2. Tanto o esquerdismo quanto o reformismo são excessos, um à esquerda, outro à direita. O caminho marxista é, à moda dos budistas, o "do meio", evitando um e outro extremo. De ambos os extremos, contudo, o mais pernicioso é o reformismo (espécie do gênero revisionismo). Quando se parte de uma posição infantil (esquerdista), pode-se chegar à maturidade; mas se já se parte de uma posição senil (reformista), só se pode chegar ao túmulo, mesmo.
3. O revisionismo não é só o reformismo (via pacífica), como dito acima, pois abrange outras mentalidades. Por exemplo, a que relativiza a luta de classes como motor econômico da História e/ou que, sob a desculpa de "modernização", cria inúmeras teses sobre a necessidade de "adaptação" do marxismo. Isso é revisionismo. O marxismo não precisa ser adaptado, pois a adaptação ao contexto faz parte de sua essência, é inerente a ele.
4. O revisionismo é o esquerdismo de direita, ou a doença senil do comunismo.
Hi J.L. Tejado,
ResponderExcluirI like your blog so much, really. I was looking for a marxist blogger but neither "esquerdista" nor "reformista".
Now I'm reading "Capital" of Karl Marx. The comprensation might be a little bit difficult, but I'm very interested beacause it's important to know what that book means.
I want telling you that marxist people have to understand and defend others fights like women rights, against climate change or lgbt questions, because these fights are too others forms of emancipations. But defending only these things and be called "socialist" or "comunist" is false and "revisionista". In Spain some left parties have forgot Marx and now are completely "refrmistas"...
Thank's for writting.
My blog is http://hunwayak.blogspot.com/ (in spanish, but it's got a language translator)
Follow you :)
Hola compañero. Thank you very much, I'm also following your blog. It's a very nice blog indeed.
ResponderExcluirI agreed with you about those other fights: environment, racial prejudice, women and lgbt rights etc. They are very important themes. However, I think all those questions have a material reason, i.e. the society of classes. The most important fight, so, is against the capitalist system.
Revolutionary greetings,
Tejo