Na "Introdução à Crítica da Filosofica do Direito de Hegel", Marx diz: "A crítica da religião é a premissa de toda crítica". "A religião não faz o homem, mas, ao contrário, o homem faz a religião". A religião é a "teoria geral deste mundo", de modo que a "luta contra a religião é, indiretamente, a luta contra aquele mundo que tem na religião seu aroma espiritual".
Entendo que uma leitura reducionista leva essa "luta contra religião" ao pé da letra, como se religião fosse NECESSARIAMENTE deletéria. Religião é superestrutura, sabemos; a questão que surge é, portanto, saber se a superestrutura tem caráter independente da base.
Dizer que a religião é "má" é dar à superestrutura, assim, uma natureza "imutável", o que seria justamente uma postura IDEALISTA e não MATERIALISTA DIALÉTICA.